A palavra Ballet é uma palavra francesa que vem do latim “ballare” que significa dançar. A sua história começou na corte italiana, no século XV, durante a Renascença. Nessa época, os nobres italianos divertiam os seus ilustres visitantes com espectáculos de poesia, música, mímica e dança. O primeiro ballet registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque de Milão com Isabel de Árgon. Os ballets da corte possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco e pequenos e delicados movimentos de pernas e pés.
Essa dança desenvolveu-se com muito sucesso em França quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique II e se tornou rainha de França. Mas o mais belo e famoso espectáculo oferecido na corte desses reis foi o “Ballet Cômico da Rainha”, em 1581, para celebrar o casamento da irmã de Catarina. Durou de 5 a 6 horas e fez com que a Rainha fosse invejada por todas as outras casas reais europeias. O ballet tornou-se assim uma regularidade na corte francesa e atingiu o seu auge de popularidade através do rei Luís XIV. Esse rei amava a dança e com 12 anos dançou, pela primeira vez, no ballet da corte. Também fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e a Academia Real de Música, e 8 anos mais tarde, a escola Nacional de Ballet.

O professor Pierre Beauchamp, foi quem criou as cinco posições dos pés, que se tornaram a base de todo aprendizado académico do Ballet Clássico. A dança era considerada uma profissão e os espectáculos de ballet foram transferidos dos salões para os teatros.
No início todos os bailarinos eram homens que também faziam os papéis femininos. Mas, no século XVII, a Escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres que ganharam logo importância.Mais tarde, em 1847, o coreógrafo francês Mauris Petipa, fez uma viagem à Rússia, pretendendo um passeio rápido. Mas, ficou lá para sempre e coreografou três dos mais importantes ballets do mundo: a “Bela adormecida”, o “Quebra-Nozes” e o “lago dos Cisnes”. Cade ballet continha danças importantes para o Corpo de Baile, variações brilhantes para os bailarinos principais e um grande pas-de-deux para a primeira bailarina e o seu partner.

Entre tanto, em 1754, Luís de Cahusac foi o primeiro a criticar o excessivo apego à forma e não ao conteúdo da dança. Para ele, qualquer manifestação artística servia para imitar a vida real, e por isso a dança deveria ser uma forma de se expressar com o corpo as intempéries da alma. A partir desse conceito, criou-se um ballet que girava em torno duma só acção dramática, que com tava uma história. Antes de ser uma manifestação estética, a dança tornou-se numa forma de exprimir emoções com o corpo. Os bailarinos não poderiam deixar de lado a técnica, mas esta não era de forma alguma, mais importante que a emoção que a dança busca exprimir.

Por isso, hoje em dia, acredita-se que um bom bailarino também tem de ser um bom actor. Um bailarino não pode falar mas expressa os seus sentimentos através do movimento do seu corpo que interpreta a emoção da alma.